Aprenda o que são sinergias na aromaterapia e como podem ser usadas no dia a dia para cuidados naturais

Se você está lendo esta coluna, temos um interesse bem perfumado em comum. O vasto mundo dos aromas!  Provavelmente, já leu aqui no blog os posts (bem completinhos) sobre o que é aromaterapia, os mecanismos de ação dos óleos essenciais (como eles podem nos auxiliar a viver melhor, naturalmente) e as propriedades de uma variedade de óleos vegetais (carreadores). Se ainda não leu, acesse aqui o post introdutório (porque agora vamos entender como tudo isso funciona junto dentro de um mesmo frasco).

O que são sinergias de óleos essenciais?

sinergias de óleos essenciais

As sinergias são a mistura de dois ou mais óleos essenciais para criar, literalmente, “um” aroma. Em teoria, é bem simples, mas é preciso compreender alguns princípios para que o resultado atenda aos propósitos da aromaterapia. Ou seja, não basta sair fazendo misturas aleatoriamente. Afinal, como expliquei nos posts anteriores, óleos essenciais não são apenas “cheirinhos” agradáveis (neste caso, enquadram-se as essências sintéticas que, no máximo, podem proporcionar bem-estar, caso não prejudiquem sua saúde com substâncias tóxicas). Já os óleos essenciais, oferecem, além do aroma proveniente de plantas aromáticas, suas propriedades terapêuticas para melhorar de forma 100% natural, a saúde física, mental e emocional.

Então, a primeira coisa é resistir à tentação de pensar “se um óleo essencial é bom, quanto mais melhor”. Realmente, fica incrível uma sinergia aromática, mas, além de não ser necessário sair pingando uma gota de cada maravilhoso óleo essencial que tiver na sua caixinha, a maneira segura e funcional de fazer sinergias requer tudo na medida e conhecimentos básicos (para começar). Isso porque apesar de serem 100% naturais, os óleos essenciais são altamente concentrados e voláteis. Então, nem pense em aplicá-los puros sobre a pele.

São raras as ocasiões em que se abre uma exceção; somente em casos de óleos essenciais muito equilibrados e de baixa toxicidade, como o de Lavanda (Lavandula angustifolia), por exemplo (1 gota aplicada sobre queimadura em uma pequena área, feita numa panela quente, traz alívio imediato e dá início a um rápido processo de regeneração da pele das mãos). A regra geral é que os óleos essenciais devem ser diluídos em carreadores (óleos e manteigas vegetais, hidrolatos, cremes neutros ou gel de Aloe Vera) para uso tópico (dérmico). Por isso, embora os óleos essenciais sejam protagonistas, os óleos vegetais são muito importantes na aromaterapia e em sinergias.

Antes de misturar, vamos por partes:

O que são Sinergias de Óleos Essenciais? 1

Para criar sinergias de óleos essenciais, a mistura deve ser equilibrada, segura e harmônica. Uma das coisas importantes é observar que muitos óleos essenciais possuem propriedades semelhantes, embora tenham aromas e uma composição química (natural) diferente. Há óleos essenciais com propriedades relaxantes, diversos estimulantes, antissépticos, antiespasmódicos, bactericidas, etc. Mas o mais incrível é que um mesmo óleo pode apresentar muitas dessas características. Diferentemente de medicamentos sintéticos, que, normalmente, isolam apenas um princípio ativo, os óleos essenciais chegam a ser compostos por centenas de substâncias químicas naturais.

São tão completos, gentis e holísticos que não precisamos usar muitos óleos numa mesma sinergia. Ao contrário, para fazer blends harmônicos, utilize, no máximo, três ou quatro (principalmente, se estiver começando). E se inspire ao conhecer a classificação aromática que divide os óleos essenciais entre florais, cítricos, amadeirados, herbais, mentolados, canforados, dentre outras categorias.

Não ser “a louca dos óleos” é importante porque:

  • Como a própria etimologia do nome aromaterapia diz, há um propósito terapêutico nas sinergias. Se misturar muitos óleos essenciais vai acabar não sabendo quais óleos essenciais se mostraram benéficos para a finalidade e tratamento. E esta possibilidade de observar os efeitos no corpo físico e no emocional são bem importantes na prática aromaterápica, seja você terapeuta profissional ou do seu lar.
  • Corre menor risco de misturar óleos essenciais com propriedades antagônicas (exemplo: se quer uma sinergia com efeito relaxante não deve acrescentar óleos essenciais estimulantes).
  • Com o tempo de uso vai conhecer melhor efeitos específicos e conseguir trabalhar com as propriedades complementares dos óleos essenciais.
  • Menos é mais (lembre-se que para produzir estes ativos concentrados extraídos de folhas, flores, raízes, caules e frutos de plantas aromáticas são necessárias matérias-primas em grande quantidade). Além disso, a diferença entre antídoto e veneno é a dose.
  • Vai estar mais apta a fazer substituições, afinal nem sempre vamos ter todos os óleos essenciais à mão (mas seria um sonho, né?)
  • Sabia que seja lá a mistura que fizer, o aroma único só será definido depois de alguns dias? Geralmente leva quatro dias após a mistura para o aroma se definir e estabilizar (embora, as propriedades terapêuticas estejam disponíveis para uso imediato e façam efeito após a aplicação e absorção pela pele). Então, tenha paciência, o cheiro da sua mistura vai mudar e é muito gostoso ir inalando e sentindo as nuances até a definição.
  • Os aromas estão intimamente ligados às emoções. Então, se a ideia é agregar bem-estar e saúde, desapegue de receitas ou indicações estritamente mecanizadas, do tipo “duas gotinhas disso para aquilo”. Um aroma muito agradável para ti pode causar uma experiência desagradável e até repulsa em outra pessoa (inclusive, acessar memórias ligadas a traumas). Então, quer ferramenta mais bacana para  misturar aprendizagem com  autoconhecimento ou atendimentos hiper personalizados?
  • Sinergias de óleos essenciais são pessoais e intransferíveis. Jamais use a mistura de outra pessoa ou deixe que alguém use a sua. Há óleos que podem ser indicados para este momento de sua vida e que podem prejudicar a saúde de alguém em outro momento (a maior parte dos óleos essenciais é contraindicado para crianças grávidas e lactantes e alguns são liberados apenas sob orientação médica ou de aromaterapeuta em concentrações  específicas).

Com todo o respeito às plantas: uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa

Sempre consulte o rótulo do óleo essencial. Primeiro, para saber se ele é comercializado como puro (deve informar o nome botânico) e também de que parte da planta o óleo essencial foi extraído. São informações para dar segurança sobre o efeito terapêutico que busca. Sim, uma mesma planta pode produzir óleos essenciais completamente diferentes. No post sobre óleos essenciais eu contei o caso da Laranjeira (Citrus aurantium), da qual se extraem três óleos essenciais diferentes (destilado das flores, destilado das folhas e galhos e um prensado da casca da fruta).

Também há um exemplo ao contrário: duas plantas de gêneros e famílias botânicas distintas, que produzem óleos essenciais quimicamente parecidos; a Citronela (Cymbopogon nardus) é um singelo arbusto (que, geralmente, não passa de 150 cm), mas seu óleo é bem semelhante ao do altíssimo (mede quase 50 metros) Eucalipto-cidró (Corymbia citriodora), com aroma que pouco lembra o popular aroma do Eucalipto globulus. No post sobre óleos carreadores apresentei alguns exemplos de óleos essenciais de acordo com suas propriedades. Abaixo, as categorias aromáticas com alguns de seus representantes, como ponto de partida para já começar a criar sinergias agradáveis e funcionais. Em geral, os óleos essenciais da mesma categoria combinam de forma harmônica entre si.

Amadeirados (harmonizam bem com todas as categorias):

Cedro Atlas (Cedrus atlantica) –  este óleo lendário atua de forma estruturante no campo emocional (para se ter uma ideia seu aroma amadeirado doce é reverenciado pelas três grandes religiões monoteístas do mundo). Na pele, trata psoríase, vitiligo, eczemas. É lipolítico; reduz gordura localizada, aparência de celulites e estrias. Combate retenção de líquidos, diminui edemas e suaviza hematomas.

Resinosos (cicatrizantes não só da pele, mas também da alma, os resinosos perfumam a vida com aroma amadeirado e ressignificam emoções ligadas a traumas):

Olíbano (Boswellia) – também chamado como Frankincense – é tonificante, devolve vitalidade, suaviza rugas e imperfeições da pele. Com efeito adstringente equilibra oleosidade e é eficiente em casos de queloides, dermatites e escaras de decúbito. Em conjunto com outros óleos, revela seu potencial clareador. No campo emocional favorece estados meditativos. É bom. Mas use onde faz sentido e só compre de produtores que praticam extração responsável. É uma das plantas aromáticas ameaçadas de extinção. Para efeito clareador, temos uma opção de óleo essencial incrível e brasileiríssima, o óleo essencial de Copaíba (Copaifera officinalis, não confunda com o óleo vegetal ou balsâmico, o essencial é destilado a partir do óleo resina) riquíssimo em Beta-Cariofileno (sesquiterpeno bicìclico natural) com efeito anti-inflamatório e antioxidante muito usado na cosmética natural e pela indústria (que tem sido estudado no combate a processos neurodegenerativos).

Florais (esta família de grande importância na perfumaria pode ser ainda subdividida por bouquets florais específicos e combina bem com cítricos, amadeirados e especiarias):

Lavanda (Lavandula angustifolia), “estabilizadora dos campos físico, etérico e astral”, como definiu Rudolf Steiner, referência em medicina antroposófica e farmacêutica. É considerada a planta mãe de todos os óleos essenciais, sendo o seu, inclusive, um dos mais estudados cientificamente e sob todas as demais lentes que ampliam os conhecimentos sobre a aromaterapia. Tem comprovada ação analgésica que pode ser aplicada em torções, distensões e dores reumáticas (associada ao óleo essencial de Manjerona, que por ser rico em citral tem o efeito de combate à dor e inflamações potencializado). Regenera todos os tipos de pele e tem efeito cicatrizante em queimaduras, incluindo as por exposição solar. Trata abscessos, feridas, furúnculos e até feridas gangrenosas. Seus efeitos no combate à alopecia também são bastante estudados.

Ylang Ylang (Cananga odorata),  popular por seu efeito afrodisíaco, é um óleo essencial que tem muito mais a oferecer, a começar por seu perfume inebriante.  Este óleo inspira auto cuidado, aumenta a autoestima e tem um efeito relaxante levemente hipotensor (baixa a pressão). Ele serena e é um toque de carinho nas sinergias, que ficam extremamente aromáticas e rendem massagens maravilhosas (deve ser usado em concentrações abaixo de 1%, pois é sensibilizante para a pele). Uma das suas propriedades terapêuticas menos difundidas é a sua ação anticonvulsionante.

Cítricos (combinam bem com aromas florais, amadeirados orientais, mentolados e especiarias):

Limão Siciliano (Citrus limon), Laranja (Citrus aurantium var. dulcis), Bergamota (Citrus bergamia) e Grapefruit (Citrus paradisi), com energia cítrica revigorante trazem ânimo e alegria, com ação antidepressiva. Na pele, são grandes aliados no combate à celulite, gordura localizada e processos de emagrecimento (inalado, o óleo essencial de limão, por exemplo, atua como “silenciador de fome”). Destaque para o aroma singular de Grapefruit, que faz dele um ótimo óleo essencial de introdução à jornada aromaterápica para pessoas angustiadas, com desânimo e falta de iniciativa (embora não seja um dos mais populares).

May Chang (Litsea cubeba pers), um SOS em frasquinho. Age muito rapidamente e de forma tranquilizadora no campo emocional. É um pausa taquicardia. É muito útil em situações que requeiram uma atenção de quem anda com a cabeça na lua ou tomada por pensamentos inquietantes e fobias sociais, pânico e medos repentinos. Pode ser muito benéfico para a pele (mas é um dos óleos que só deve ser aplicado na pele em concentração inferior  a 0,8%). Também é preciso ter atenção às interações medicamentosas. Além das precauções gerais, é especialmente contraindicado para quem faz uso de hipoglicemiantes, antidepressivos sintéticos, nicotina, substâncias com efeito anestésico, dentre outras. Puxa, mas com esta lista como ponto de atenção, qual a razão de elencar ele aqui? Justamente, para trazer esta informação, por ser um aroma que agrada quase todo mundo (é realmente uma delícia) há muitas pessoas que fazem uso (e até indicam desavisadamente em receitas), em concentrações superiores às recomendadas, ou como se fossem “cheirinhos”, sem saber dos riscos (que podem ser eliminados com a simples adequação da dose, caso não se enquadre dentre as pessoas que devem evitar). Daí, é só alegria!

Herbais (combinam bem com aromas amadeirados e mentolados)

Melaleuca (Melaleuca alternifolia), talvez seja mais fácil dizer para o que não serve este óleo, um dos mais versáteis da aromaterapia. Por sua ação abrangente como anti bactericida, antifúngico e antiviral, é uma das primeiras opções no quesito proteção da pele e contra infecções no organismo (é um antimicrobiano de amplo espectro). Excelente cicatrizante de ferimentos, além de muito utilizado para combater frieiras e micoses nas unhas e pele, é uma boa pedida contra espinhas e tratamentos de peles acneicas (adicione para potencializar a argila verde indicada para controle de oleosidade). Utilizado em sinergias e cosméticos para homens e mulheres (por sua característica adstringente entra com frequência em produtos pós-depilatórios e pós-barba).Também é popular em preparos de enxaguantes bucais (mas não deve ser ingerido). Trata dos pés à cabeça (bolhas nos pés, picadas de insetos  no corpo e caspa).

Citronela (Cymbopogon nardus), bastante popular no seu País de origem (Indonésia), combate dores reumáticas e artrite. Aqui no Brasil é um conhecido repelente ambiental natural, que, em loções  e sprays ambientais, previne picadas de insetos ao afugentar com seu aroma (fresco de saída)  quente, amadeirado, floral e cítrico que o insere no mercado de alta perfumaria do oriente), moscas e mosquitos.

Capim Limão (Cymbopogon flexuosus), com citral (um aldeído com forte cheiro de limão) presente em grande quantidade, atenua dores decorrentes de inflamações e se mostra (de acordo com pesquisas científicas) eficiente na redução de dores de artrite reumatoide (mas qualquer óleo essencial rico em citral deve ser bem diluído e evitado por pessoas com Glaucoma e Hiperplasia prostática). Um estudo, de 2015, mostrou que participantes que receberam massagens feitas (uma vez por semana por cerca de 21 dias) deste excelente antioxidante e redutor de estresse associado ao óleo vegetal de amêndoas doces apresentaram pressão arterial diastólica mais baixa (sem alteração da pulsação e da pressão arterial sistólica) do que as pessoas do grupo de controle.

Manjerona (Origanum majorana),  conhecido como o óleo essencial do afeto, abranda sentimento de solidão. Combate processos autodestrutivos, insônia e depressão. É útil em casos de sensação de frio nas extremidades e dores relacionadas ao avanço da idade.

Mentolados (combinam com terrosos, herbais, cítricos e amadeirados):

Alecrim (Rosmarinus officinalis), definitivamente, não é o “alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeado”, como o da canção popular (que fala do Alecrim do Campo, de nome botânico Baccharis dracunculifolia). Este óleo essencial vem de uma planta com propriedades diferentes. Muito utilizado pela indústria cosmética em produtos anti-idade, fez história por se poder antioxidante como o principal ativo da “Água da Rainha da Hungria”. No corpo, age como também como anti-inflamatório, aliviando dores reumáticas, fortalecendo músculos e articulações. Pelo seu poder bactericida e antisséptico, é ótima opção para desodorantes naturais. Estimulante, ativa a circulação local, com benefícios conhecidos em tratamentos capilares para crescimento. É um óleo muito indicado para o dia por seu caráter de ação revigorante em casos de esgotamento físico e mental. Nos campos mental e emocional, seu aroma traz foco, melhora cognitiva, clareza e ativação da memória, além de promover conexão e manutenção com sonhos pessoais. Tem efeito hipertensor (não deve ser usado por pessoas com pressão alta). Embora existam muitas receitas na internet indicando este óleo essencial queridinho da beleza, ele não deve ser usado por grávidas (sempre verifique as precauções e contra-indicações antes de fazer uso).

Canforado (na aromaterapia, o aroma acre e agradável da cânfora é um terpeno historicamente extraído da árvore canforeira e produzido em menores quantidades por outra plantas, como o alecrim):

Eucalipto (Eucalyptus globulus) – o gênero Eucalyptus tem mais de 600 espécies com aromas distintos.O aroma herbal, pungente, fresco e canforado do óleo essencial desta espécie é atribuído à alta concentração de 1.8 cineol. Esta molécula tem uma forte ação mucolítica e sinergias com 1.8 cineol na composição (segundo alguns fabricantes, o Eucalyptus globulus não deve ser aplicado por massagens peitorais em crianças. Caso seja prescrito ou indicado por médico ou aromaterapeuta opte por massagens sobre a coluna vertebral e na sola dos pés na concentração indicada, pois o organismo infantil não metaboliza com facilidade este ativo). Dito isto, é imunoestimulante e usado tradicionalmente como antiviral, antibacteriano e descongestionante do sistema respiratório. Trata sintomas de resfriados (nariz congestionado, coriza, catarro, dores no corpo) bem como rinite, sinusite, otite, amigdalite, laringite e broncopneumonia. Além disso, é desinfetante ambiental. Também atua como analgésico em casos de lombalgias, dores ciáticas e tendinites. Na cosmética, é bastante aplicado em pomadas para descongestionamento das vias aéreas ou pomadas para aliviar dores musculoesqueléticas.

Ainda existem os aromas picantes (condimentados ou de especiarias), terrosos, além de classificações utilizadas na alta perfumaria (orientais) que se aplicam também à perfumaria natural. Com o tempo e experimentação, vai poder se aprofundar  e o próximo passo é aprender a equilibrar as notas olfativas. Há sinergias terapêuticas simples que podem fazer muita diferença no dia a dia.

Tenha em mente:

Uma sinergia rápida, que é bom ter em mente, é para dor de cabeça (eficaz até mesmo contra enxaquecas com náuseas):

01 gota de óleo essencial de Lavanda (Lavandula Angustifolia) – alivia a tensão, cansaço e estresse

01 gota de óleo essencial de Hortelã – Pimenta (Mentha piperita) – areja os pensamentos e tem efeito analgésico, além de ser eficaz contra enjoos.

01 gota de óleo essencial de Tea Tree / Melaleuca (Melaleuca alternifolia), especialmente se a dor for ocasionada por sinusite (e houver congestão nasal) ou substitua por 01 de Manjerona (Origanum marjorana), que amortece emoções de contrariedade (inclusive, trata dores musculares na parte inferior das costas possivelmente associadas a problemas digestivos, menstruais ou à sensação de carregar o mundo nas costas).

Dilua as três gotas em 1 colher de sopa (rasa) de óleo vegetal (que tenha aroma neutro como o de semente de uva), mas pode até ser o Azeite de Oliva  que tiver na cozinha (deve ser extra-virgem).

Aplicação:

Se a dor for na têmpora ou região da testa, aplique uma gotinha da sinergia com os três óleos sobre as têmporas ou friccione na palma das mãos e inale profundamente (se conseguir, no seu limite, retenha o ar por cerca de 3 segundos e repita o processo). Procure um lugar tranquilo  (o tempo de ação é de cerca de 20 minutos). Se a dor estiver muito intensa na primeira hora repita o processo de aplicação (uma gotinha espalhada) ou inalação  do aroma que ficou nas mãos. Em casos de dor no topo da cabeça, opte por passar uma gotinha da sinergia nos pulsos.

Cientificamente, uma pesquisa alemã mostrou que o óleo essencial de Hortelã Pimenta foi tão eficiente quanto o fármaco Paracetamol (500 mg) para aliviar dores de cabeça (sem os efeitos colaterais como a hepatotoxicidade).

Atenção: tome muito cuidado para não encostar ou aproximar muito dos olhos (se for dormir) para não arder (Hortelã-Pimenta pode causar lacrimejamento). Se ocorrer de encostar no rosto, não vai adiantar passar água (pois os óleos essenciais não se misturam com água). Neste caso, lave bem as mãos e  passe mais óleo vegetal no rosto para diluir a concentração do ativo).

Caso vá utilizar no aromatizador pessoal (se não tiver, pode usar um lenço ou bolinha de algodão), opte pelos óleos essenciais de Lavanda e de Manjerona (uma gota de Lavanda e 1 gota de Manjerona).  Mas não se esqueça, a aromaterapia sempre busca a causa. É importante saber quais são os gatilhos para a sua dor de cabeça (principalmente, se tiver episódios recorrentes), que podem ser desencadeados por falta de beber água, desarranjos hormonais e má alimentação (que sobrecarregam o fígado), pressão alta, fatores emocionais e contrariedades que provocam tensões constantes. Ter consciência sobre o que pode estar causando esta dor é fundamental para fazer dela um instrumento de transformação de comportamentos e padrões que prejudicam sua saúde e o corpo está comunicando.

Entre em sinergia com as precauções:

  • Considere os hábitos e a região onde a pessoa que vai usar a sinergia vive. Se vocẽ costuma se expor ao sol e vai à praia, não deve usar os óleos essenciais cítricos (que são fotossensíveis), mas se mora em um local frio e chuvoso, talvez a energia solar dos cítricos traga mais alegria à sua sinergia.
  • A mesma coisa vale para o caso de alguns óleos vegetais que se solidificam sob baixas temperaturas. O óleo de coco, por exemplo, deixa de ser líquido abaixo de 25 graus Celsius, embora derreta facilmente em contato com o calor da pele.
  • Caso tenha que aquecer os óleos e manteigas vegetais, observe o ponto de fusão de cada um e opte pelo banho-maria para aquecimento caseiro (tome cuidado para não aquecer demais para não perder as propriedades terapêuticas do produto). Só acrescente os óleos essenciais depois que a mistura em que serão adicionados esfrie (eles são voláteis e podem evaporar rapidamente se aquecidos,  lembra?).
  • As sinergias naturais não levam conservantes, fragrâncias, corantes ou fixadores sintéticos (no caso de perfumes naturais, a fixação natural se dá pela proporção das notas de base, em relação com a equalização entre as notas médias e altas).
  • Sempre use vidros de cor âmbar ou escura (para proteger a sinergia com óleos essenciais da luz)  devidamente higienizados e esterilizados com álcool 70%. Não use recipientes plásticos (além de mais poluentes para o meio ambiente, pode ocorrer o derretimento do plástico e contaminação da sinergia por substâncias do envase).
  • Em geral, um produto cosmético natural ou sinergia que leve óleos vegetais, dura, em média, cinco meses. Pode considerar como referência a data de validade do óleo (vegetal ou essencial) que vence primeiro. A adição de Vitamina E pode esticar um pouco o prazo de validade de cosméticos naturais. Jamais toque o produto com as mãos molhadas para não contaminar o produto que é feito sem conservante. Use sempre uma espátula para utilizar a sinergia ou pingue sobre as mãos (sem encostar).
  • Não misture água ou produtos in natura às sinergias ou bases caseiras anidras (que não contêm água) que serão mantidas por muitos dias fora da geladeira. Lembre-se que água e óleo não se misturam; além disso, elevam o risco de contaminação.
  • Uma opção muito bacana é potencializar as argilas com óleos essenciais. Não deixe a argila secar completamente, um segredinho delicioso é ir borrifando hidrolatos para umidificar a aplicação na pele (ou usar o hidrolato no lugar da água para diluir a argila e óleos essenciais). Hidrolatos (líquido resultante do processo de destilação para obtenção dos óleos essenciais que traz propriedades muito diluídas, inclusive de outras partes da planta de onde é extraído o óleo,  por isso podem ser aplicados diretamente sobre a pele e cabelos).
  • Observe sempre a origem dos produtos e só compre óleos essenciais e bases carreadoras de lojas que comercializam produtos de boa procedência fabricados de forma sustentável ao longo da cadeia produtiva.
  • Gestantes, lactantes, puérperas, crianças e pessoas com doenças crônicas devem observar as orientações dos fabricantes.

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